colunista do impresso

Conselho político

data-filename="retriever" style="width: 100%;">

No tempo do Império o exercício político somente era permitido aos "homens bons", aqueles com renda própria e, portanto, menos sujeitos ao poder do dinheiro como influenciador nas suas decisões. Desde tempos imemoriais, o aconselhamento foi sempre exercido pelos mais velhos e respeitados. A experiência é a mãe da razão!

O Poder Legislativo é um órgão de governo com finalidade específica de fiscalizar o Executivo, discutir e aprovar projeto de orçamento e aqueles de origem Executiva que impliquem em despesa pública. As demais atribuições são as representativas da sociedade em seus diversos interesses.

Com a aproximação das eleições que escolherá o novo governo municipal, será muito importante que tenhamos em vista o bem da sociedade como um todo, escoimando-se os interesses partidários, os ideológicos, os de grupos financeiros e, especialmente, os de ordem pessoal. Essas diretrizes utópicas só poderiam ser realizadas por um eleitorado esclarecido e independente, o que não se configura nas atuais circunstâncias.

A partir do eleitorado atual, deveremos ter uma nova Câmara Municipal com composição eclética, não muito diferente da que temos hoje. Seria do interesse social que os carreiristas, os políticos profissionais, os dependentes econômicos que buscam um "emprego", não tivessem representação.

A experiência de vida, a capacitação pessoal já comprovada na convivência com seus pares e a honestidade irrefutável devem ser indicativos para uma boa escolha. Parentescos, amizades pessoais, subornos eleitorais e outros que tais, não devem ser considerados. Promessas, sejam quais forem, devem ser examinadas com desconfiança, pois sua realização, quase sempre, depende de circunstâncias fora do domínio de quem promete.

Entre nossa população de idosos (que vem se tornando cada dia maior), devemos ter muitos exemplos de cidadãos de bem, desejosos de contribuir socialmente, porém avessos aos métodos atuais regidos pelo Código Eleitoral. São pessoas que não se submetem à peregrinação ostensiva e constrangedora da competição eleitoral. Somente a modalidade de escolha por lista fechada para a representação legislativa seria capaz de trazer essas pessoas para a prática política social.

As listas fechadas, elaboradas pelos partidos mediante a audiência de seus diretórios e convenções, teriam o condão de colocar nos primeiros lugares das listas nomes de reconhecida capacidade e respeito da população. O contrário disso, colocando nomes de carreiristas e oportunistas de ocasião, viria desqualificar a lista e abjurar o partido. O coronelismo e o aparelhamento de diretórios seriam práticas fatais à sobrevivência partidária.

As campanhas eleitorais deixariam de girar em torno de nomes e passariam a divulgar ideias, princípios e propostas de governo. Os partidos passariam a ser respeitados e valorizados. Seus números (assombrosos atualmente) cairiam automaticamente, reduzindo-se a poucos, mas respeitáveis. Os custos (bilionários) se reduziriam drasticamente, prescindindo de verbas públicas. O eleitor votaria somente no candidato ao Poder Executivo e na lista partidária de sua escolha. O quociente de votos obtido pelo partido definirá o número de seus representantes nas câmaras legislativas, que serão indicados pela posição na lista, sem desobedecer a precedência registrada na Justiça Eleitoral

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Amigo: descoberta da pandemia Anterior

Amigo: descoberta da pandemia

PLURAL: os textos de Marcio Felipe Medeiros e Rogério Koff Próximo

PLURAL: os textos de Marcio Felipe Medeiros e Rogério Koff

Colunistas do Impresso